FIAT UNO 1984 à 2013
O Uno foi lançado no Brasil em 1984, apenas um ano e meio depois do início de sua produção na Itália, o novo modelo inaugurou no Brasil um conceito inédito de carro:”pequeno por fora e grande por dentro”. Trazia novos conceitos de design, interior mais claro e confortável, aerodinâmica e baixo consumo. Foi produzido também nas versões S (Super), o mais simples, CS (Confort Super), mais luxuoso e SX ( Sport Experimental), o modelo esportivo.
De início apenas com três portas, mantinha as linhas do modelo italiano, mas com uma importante diferença: o capô envolvia parte dos pára-lamas, o que permitia a acomodação do estepe no compartimento do motor como no 147, de maneira a ampliar o porta-malas e evitar o incômodo de ter de descarregá-lo.
Em 1987 foi lançada a versão esportiva 1.5R com uma pintura externa diferenciada, conferindo uma nova e marcante solução estilística. Apresenta também um novo acabamento interno com nova padronagem de tecido dos bancos e laterais, novas rodas esportivas em liga leve e amortecedores dianteiros e traseiros pressurizados, otimizando a
correlação entre conforto, estabilidade e segurança, em 1989 o modelo passa com contar com motor 1600 e o nome muda para 1.6R. Em 1994 é substituído pelo Uno Turbo i.e., sendo o primeiro motor turbinado produzido em escala industrial no país, o Uno Turbo combina a mecânica do modelo italiano a layout exclusivo para o Brasil. O lançamento do Turbo destaca a versatilidade do Uno e evidencia a potência e flexibilidade desta nova versão.
Em 1990 é quando ocorre o lançamento da versão 1.0 denominada Mille, o governo tinha acabado de abaixar o IPI para modelos ate 1000 cm3, que ficaram conhecidos como populares, a Fiat foi a primeira a apresentar um modelo 1000, que acabou se transformando em um sucesso absoluto de mercado, os concorrentes demoraram quase 2 anos para apresentar seus modelos 1000, e mesmo assim o Uno levava a vantagem de ser bem mais moderno tanto em estilo, quanto em motor.
Em 1991 o Uno ganha nova frente com faróis mais finos, apenas nos modelos acima dos 1.0, o Mille continua com a frente antiga até 1994 quando é lançada a versão de luxo ELX.
Aproveitando o sucesso do Mille, a Fiat não parou de investir em novidades para o modelos, em 1991 lançou a versão Brio que contava com carburador de corpo duplo, ja em 1992 apresentou a versão Electronic (com ignição eletrônica) e foi a primeira a apresenta um modelo popular com 4 portas, em 1994 lançou a versão ELX nas versões 2 e 4 portas, que surge com acabamento mais sofisticado e luxuosopara carro popular. Com ele,
é introduzido o ar condicionado em seu segmento.
Em 2001 A Fiat lança o Mille Fire (substituindo o antigo FIASA). Além dessas mudanças, o Mille Fire não perdeu a característica que fez do Uno um dos carros populares mais vendidos no país: o seu preço e a economia de combustível.
Em 2004 recebe um polêmico facelift na dianteira e traseira, sendo alterados a tampa e as lanternas traseiras, além da dianteira, que não combinava com as linhas retilínias originais com seus novos faróis, lanternas e grade.
Em 2008, a Fiat lança a versão Economy, com as novidades: quinta marcha mais longa, pneus de baixo atrito e óleo menos viscoso, além de válvulas e bielas mais leves, molas de válvulas menos resistentes, novo coletor de escape e marcha-lenta reduzida de 850 para 750 rpm, além de geometria alterada na suspensão e econômetro no painel, contribuindo para redução de consumo de combustível.
Em 2013 devido a obrigatoriedade do airbag duplo frontal e do sistema de freios antiblocantes (ABS) em 2014, a Fiat decide encerrar a carreira do Mille. Mesmo o modelo tendo recebido os acessórios nos modelos para exportação, a Fiat decide não mais investir em seu automóvel de entrada, e assim decide lançar uma versão de despedida, batizada de ‘Grazie Mille’. O modelo conta com todos os opcionais disponíveis, painel exclusivo com conta-giros no lugar do econômetro, e numeração dos modelos fabricados.
Até 2013 quando esta geração saiu de linha foram vendidos no Brasil 3.638.669 unidades.