O Chevrolet Omega foi lançado no Brasil em agosto de 1992, já como modelo 1993, nas versões sedã e, três meses depois, como station wagon sob o nome Omega Suprema, o Omega era derivado do Omega A lançado no mercado europeu em 1986.
Com 4,74 m de comprimento e 2,73 m entre os eixos, o veículo chegou ao mercado com duas opções de motorização e de acabamento: GLS (Gran Luxo Super) com motor 2.0, e a CD (Comfort Diamond) com o motor 3.0 de seis cilindros em linha importado da Alemanha fornecido pela Opel. Ambos os modelos com motores montados em posição longitudinal e tração traseira.
O motor 2.0 de quatro cilindros e oito válvulas do GLS era o mesmo motor “Família 2” utilizado nas linhasMonza e Kadett. Entretanto, vinha equipado com injeção eletrônica multipontoBosch Motronic, de processamento digital e sensor de detonação (na versão a álcool), e sensor de oxigênio no escapamento. Rendendo 116 cv de potência, permitia ao carro alcançar 190 km/h de velocidade máxima e gastar 12,65 segundos para atingir 100 km/h na versão a gasolina partindo da inércia.
Ainda em 1993 a GM apresentaria o Omega GLS 2.0 a álcool, proporcionando um aumento de potência e performance neste modelo. A nova potência divulgada era de 130 cv e, segundo testes da imprensa, o veículo era capaz de acelerar de 0 ao 100 km/h em 11,11s e atingir 199 km/h de velocidade final. À época este era o motor de 4 cilindros não multivalvulado mais potente fabricado em série no mundo.
O 3.0L de seis cilindros possuía comando de válvulas no cabeçote, fluxo de admissão e escape do tipo reverso e, tanto o bloco como o cabeçote, eram fundidos emferro . Desenvolvia 165 cv de potência e levava o modelo de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. Para este motor era oferecido de série câmbio manual de 5 marchas (o primeiro no Brasil com marcha a ré sincronizada) e, opcionalmente, câmbio automático de quatro marchas 4L30-E, com três programas de funcionamento (normal, “sport” e anti-patinação).
Com estas configurações o carro alcançava 222 km/h (212 km/h com câmbio automático) em testes da imprensa na época. Um dos poucos carros que quebravam a barreira dos 200 km/h.
O Omega, em seu interior, era destacado por amplo espaço para os passageiros. Os cinco ocupantes podiam ser bem acomodados nos bancos (com revestimento de couro disponível opcionalmente a partir de 1995), além de detalhes como computador de bordo, painel de instrumentos digital em cristal líquido, ar condicionado e teto solarelétrico, controle automático de velocidade, vidros elétricos com função um-toque integral, retrovisores elétricos com desembaçador e retrovisor interno fotocrômico. O Omega também oferecia um sistema de áudio jamais visto em outros modelos, onde havia dois aparelhos separados, um CD player e um toca-fitas, devidamente dotados de amplificador de potência.
Soluções atualizadas para a aerodinamica e design estavam presentes em detalhes como a frente em cunha, palhetas do limpador dos vidros escondidas sob o capô, janelas laterais rentes à carroceria e que correm pelo lado de fora das canaletas, maçanetas totalmente embutidas e caimento suave da traseira. Tudo isso fez o carro ter um (Cx) de apenas 0,30 (0,28 na Europa).
Uma nova suspensão independente de braços semi-arrastados foi desenvolvida para a plataforma do Omega, ao contrário das suspensões de eixo rígido comuns à maioria dos modelos dessa configuração, inclusive do Opala. Na dianteira,suspensão McPherson, com amortecedores à gás nas versões de seis cilindros. Graças à tração ser nas rodas traseiras, havia a vantagem de se permitir maior capacidade de esterçamento das rodas dianteiras, facilitando consideravelmente as manobras em espaços pequenos.
Omega Suprema
A versão station wagon do Omega, batizada de Suprema, foi lançada em abril de 1993 e teve uma vida curta, mantida em produção até o ano de 1996.
Podia levar 540 litros de bagagem. A tração também era traseira e a suspensão contava com um sistema de nivelamento pneumático constante, que deixava a traseira da perua sempre na altura correta, independente da quantidade de carga no seu porta-malas.
Em 1994, foi lançada uma série limitada do Omega batizada de Diamond, tinha acabamento da versão GLS mas era equipada com o motor 3.0 L. Surgiu também a versão GL, uma versão mais despojada, que trazia um acabamento mais simples, sempre dotada de motor a etanol, dedicada aos frotistas e taxistas. Neste mesmo ano o Omega sofreu uma reestilização completa na Europa.
A partir de 1995, a linha recebeu novos motores 2.2L de quatro cilindros e 4.1L de seis cilindros em linha, em substituição aos motores 2.0L e 3.0L, respectivamente.
O motor 4.1i, em sua essência, era o mesmo do Opala, mas com aperfeiçoamentos tecnológicos que aumentaram o seu rendimento, com maior suavidade e menor consumo em comparação ao motor que equipou o Diplomata 4.1. Revisado pelos engenheiros da Lotus, as suas peças móveis tiveram o peso reduzido, o cabeçote recebeu dutos de admissão e escape individuais e a injeção eletronica foi modernizada. Com isso o novo propulsor passou a desenvolver 168 cv de potência e o torque ficou em 29,1 kgfm a 3.500 rpm. Foi utilizado nas duas versões de acabamento, CD e GLS.
Também para o ano de 1995 o acabamento na versão CD foi melhorado em alguns detalhes: apliques que imitavam a madeira nas portas e no console do câmbio, bancos de couro opcionais, novas rodas com design mais atualizado, lanternas traseiras fumê e um discreto aerofólio na tampa do porta-malas.
Para o ano de 1998, último ano de fabricação do Omega no Brasil, a Chevrolet preparou o que podia ser considerada uma série especial de despedida, com alguns itens exclusivos: Rodas com desenho esportivo, novos logotipos e emblemas, painel com grafia diferenciada e iluminação em tom verde, tecla para travamento central das portas, sistema de proteção de sobrecarga elétrica e alguns pequenos ajustes no motor para reduzir o consumo.
Em seis anos de fabricação nacional (1992 a 1998), foram vendidas 93.282 unidades no País, incluindo a station wagon Suprema, que foi produzida de março de 1993 a julho de 1996, em um total de 12.221 unidades.